segunda-feira, 12 de abril de 2010

SUBORDEM MYSTICETI (Baleias de Barbatanas)


Os misticetos ou mistacocetos, são na sua maioria grandes baleias que não apresentam dentes. No lugar destes, possuem compridas fileiras de cerdas - as "barbatanas" - que pendem do céu da boca em posição lateral. A função destas cerdas é a retenção de alimentos.

A alimentação dos mistacocetos consiste basicamente de organismos planctônicos, especialmente pequenos crustáceos do gênero Euphasia que abundam nos mares mais frios, e algumas espécies costumam predar sobre cardumes de peixes de pequeno porte. No ato da alimentação, o animal enche a boca de água, "filtrando" o alimento ao expelir a água através das cerdas já mencionadas.

Golfinhos

ø Amizade ø

Falante, amistoso, carinhoso com seus congêneres e voraz contra seus inimigos, o golfinho já foi definido, certa vez, como o primo ideal para o homem.
Gentil com as crianças e forte o suficiente para derrotar tubarões, ele tem atributos que o aproximam daquilo que os humanos sonham para si próprios.
Heróico, capaz de salvar afogados empurrando-os docemente para a praia - como registram inúmeros relatos ao redor do mundo -, o golfinho vem sendo cantado em prosa e verso desde tempos remotos.
Marinheiros de diversas nacionalidades consideram sua presença presságio de boa sorte e há um grande número de lendas sobre seus poderes.
Apolo os utilizava como guia para os sacerdotes cretenses.
Netuno evocava a sua sensualidade para conquistar Anfitritre.
Mais recentemente, relatos de amizade intensas entre golfinhos e crianças foram vistos e documentados.
O caso da neozelandesa Jill Baker, que recebia a visita diária do golfinho Opo, com quem "cavalgava" mar a dentro, chamou a atenção de cientistas em meados deste século.
Mais tarde a televisão e o cinema se encarregaram de popularizá-lo de uma vez por todas como o grande astro submarino.
De certa forma, as chances do golfinho, em qualquer parte do mundo, se parecem cada vez mais com as chances do homem. Comportando-se no fundo dos mares e dos rios com o altruísmo que gostaríamos de ver em nós mesmos, o futuro dos golfinhos é uma espécie de antevisão do futuro da humanidade. Se eles resistirem, estaremos salvos.
Porque o que fizemos a eles, acabaremos fazendo a nós mesmos.

ø Comunicação ø

O sonar dos golfinhos O golfinho é capaz de gerar som sob a forma de clicks, dentro dos seus sacos nasais, situados por detrás da nuca.
A frequência dos clicks é mais alta que a dos sons usados para comunicações e difere de espécie para espécie.
A nuca toma a função de lente que foca o som num feixe que é projectado para a frente do mamifero.
Quando o som atinge um objecto, alguma da energia da forma de onda e reflectida para o golfinho.
Aparentemente é o maxilar inferior que recebe o eco, e o tecido gorduroso que lhe precede, que o transmite ao ouvido médio e posteriormente ao cérebro.
Recentemente foi sugerido que os dentes e os nervos dentários transmitiam informações adicionais ao cérebro dos golfinhos.
Assim que um eco é recebido, o golfinho gera outro click.
O lapso temporal entre os clicks permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objecto.
Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue seguir objectos.
Ele é capaz de o fazer num ambiente com ruido, é capaz de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente - factores que fazem inveja a qualquer sonar humano.
O tipo de som que os golfinhos emitem não tem um nome específico. Não há dúvida, porém, que, de seu modo peculiar, os golfinhos " falam " abundantemente.
Cientistas que convivem com o cetáceo são unânimes em afirmar que os golfinhos mantêm algum tipo de comunicação auditiva.
Alguns garantem que essa comunicação tem regras e serve para organizá-los socialmente, como acontece com os homens.
Ninguém, entretanto, foi tão longe como a equipe do Instituto de Morfologia Evolutiva e Ecologia dos Animais da Academia de Ciências da Rússia.
Pesquisadores comandados pelo cientista Vladimir Markov, depois de um longo estudo no golfinário de Karadag, no Arzebaijão, publicaram um trabalho em que anunciam a existência do " golfinhêz ".
Ou seja: um sistema aberto de linguagem composto de 51 sons de impulsão vocal e nove tipos de assobios tonais, que comporiam um possível alfabeto próprio da espécie.
De acordo com Markov, os golfinhos são capazes de compor frases e palavras regidas por leis semelhantes às da sintaxe humana.

ø Inteligência ø

São diversos os fatores que afetam aquilo a que chamamos de "inteligência".
O principal componente é a habilidade que se tem de comunicar.
Um humano pode ser extremamente inteligente mas se passar todo o seu tempo a tentar sobreviver, então não restará tempo para o pensamento.
Tempo livre é então um grande fator, e os golfinhos têm-no em abundância.
Em primeiro lugar, os golfinhos não dormem como nós, eles são capazes de "desligar" uma parte do cérebro por minutos numa determinada altura ao longo do dia.
Muito raramente "desligam" o cérebro completamente.
Isto é necessário porque os golfinhos necessitam de respirar ar pelo menos uma vez em cada 8 minutos.
As únicas coisas que um golfinho faz é comer grandes quantidades de peixe e brincar.
A comunicação entre espécies é também necessária.
Os golfinhos usam uma linguagem por assobios que é 10 vezes mais rápida que a nossa fala e 10 vezes mais alta em freqüência.
Para que um golfinho falasse com a nossa velocidade, seria como se um humano tentasse falar com um trombone, muito muito lento.
Para um golfinho, tentando falar com a nossa freqüência e velocidade, o resultado seria o seguinte: nós falamos muito devagar.
É muito dificil para nós falarmos assim tão devagar, e para os golfinhos também.
Outra particulariedade na comunicação dos golfinhos é o sonar, que lhes permite determinar as reacções internas de outros golfinhos, humanos, peixes, etc.
Imaginem sabermos como se sentem todas as pessoas à nossa volta, se estam alegres, tristes, zangadas.
Ninguém poderia enganar ou mentir. Isto deve-se a mudanças psicológicas que ocorrem dentro de nós quando pensamos em determinadas coisas.
Também através do sonar um golfinho consegue ver se alguem está ferio ou não.
Eis um caso real: Uma senhora que se encontrava numa piscina com golfinhos era continuamente empurrada para fora da piscina. Uns minutos mais tarde, ela um colapso com dores.
No hospital descobre que tinha uma hemorragia interna, que os golfinhos muito provavelmente tinham dado conta.
Como não havia mais ninguém por perto na piscina, e a distância entre a linha de água e o cimo da piscina era grande, os golfinhos tentaram a custo impedi-la de ficar na piscina, e assim salvaram-lhe a vida.
A única coisa que os cetáceos não têm é uma maneira de registar a linguagem tal como a escrita.
Uma ideia seria construir um programa de computador que permitisse traduzir os assobios dos golfinhos em escrita e gravar; e vice-versa, passar o nosso texto para linguagem de golfinhos.
Isto já foi feito com chimpanzés e resultou surpreendentemente.
Ora tendo em conta que os golfinhos são muito mais inteligentes que os chimpanzés, porque não tentar o mesmo?